Você pode sair a qualquer momento da Umbanda e do seu terreiro

A Umbanda não prende ninguém.
O livre arbítrio é lei espiritual, de máxima vigência. A quem contra ele se atentar, estará indo contra a justiça de Xangô. E somente um motivo deve justificar a sua permanência na Umbanda: o amor por esta maravilhosa religião.
Se ela te faz bem, permite que você cresça como pessoa, auxilie o próximo e aproxime-se de Deus, então ela está cumprindo a sua missão. Seja grato a este caminho maravilhoso que os Orixás te presentearam, e contribua com seu trabalho.
No entanto, se você sente que a Umbanda não é o seu caminho, por que continua nesta estrada? Será a força do hábito, receio de desagradar alguns, ou mesmo o medo que te prende? Questione-se e reflita. Saiba, a nossa religião é um caminho de luz e não obriga ninguém a segui-la.
Não há nenhuma consequência negativa em deixar de praticar a Umbanda ou sair de seu Terreiro. Sua vida não irá para trás. O que atrasa a vida é a negatividade, o ódio, o rancor, o medo, a intriga, a reclamação, o pensamento negativo, a maledicência entre tantos outros hábitos de baixa vibração. Por outro lado, o bem pensamento, a fraternidade, o bom coração, a humildade, a prática da caridade, entre outros, elevam a nossa vida. E isto depende de você, e não da religião ou terreiro que frequenta.
O importante é você continuar cuidando do seu espírito, não importa que caminho seguir. Mesmo que saia do lugar que frequenta, mesmo que siga por outros caminhos espirituais, você não deixa de ser médium. Por esta razão, deve manter sempre a vigilância e a oração, e fortalecer seu equilíbrio mental e emocional.
Na Umbanda, temos os passes, os descarregos, banhos, defumações, e outras práticas que auxiliam a manter nossa energia limpa e elevada. Se decidir sair da Umbanda, apenas deverá manter-se atento a sua energia e encontrar o que ajuda a deixá-la “formosa", como dizem os guias.
A Umbanda não faz proselitismo, não realiza campanhas para atrair seguidores, nem ameaças para vida após a morte aos que não desejam seguir o seu caminho. Ela valoriza a liberdade. Os guias não preocupam-se com rótulos, os Orixás expressam as forças da natureza em sua plenitude e liberdade.
Não deixe o medo te subordinar a ninguém. Lamentavelmente, encontramos relatos de sacerdotes que prendem seus “filhos" sob ameaças, dizendo que a vida irá andar para trás, ou que farão algum trabalho, ou que não encontrarão outro lugar melhor. Isto quando não apossam-se dos objetos sagrados de cada filhos, como suas guias, quartinhas e outros, e uns até mesmo creem poderem prender os guias daquele que deseja sair da casa.
Não acreditem em nada disso. Está nas suas próprias mãos fazer sua vida crescer e prosperar. São ameaças movidas pelo orgulho e pela vaidade. Ou pela ganância, pois uns, infelizmente, contrariando as sagradas leis da Umbanda, cobram altos valores de seus “filhos" por trabalhos, em sua grande maioria, desnecessários.
Ninguém é capaz de prender os guias de ninguém, eles não são propriedades do seu terreiro, nem de seu Pai de Santo, para que ele possa tirá-los de você a seu bel prazer. Os guias estão muito acima de todos nós, inalcançáveis às nossas pequenas mãos terrenas. O único que pode afastá-los é você mesmo, caso tenha condutas incorretas ou tente tirar algum proveito de sua mediunidade. E mesmo assim, nunca te abandonam completamente, buscando, a todo momento, conduzi-lo a caminhos virtuosos.
E quanto a suas guias, quartinhas e outros objetos sagrados, se o seu ex pai-de-santo recusa-se a devolvê-los, não se preocupe. Você poderá sacralizar novos objetos posteriormente. Quando encontrar uma nova casa para trabalhar, explique a situação para seu novo sacerdote, e ele saberá te orientar a como proceder. E se ainda houver qualquer ligação energética entre você e os antigos apetrechos, seus guias saberão desfazer. Não há distância, nem paredes e nem portas fechadas para eles.
Siga um caminho virtuoso, pratique a caridade, tenha uma conduta correta, seja humilde, e a espiritualidade estará sempre a zelar por você e a te abençoar. Seja qual for o terreiro, religião, ou caminho espiritual que tocar o seu coração. Deus está em todos os lugares. Busque aproximar-se dele, e todas as outras coisas lhe serão acrescentadas.
Axé !

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As Yabás são as orixás femininas que representam a força, a sabedoria e a proteção materna na tradição afro-brasileira. Entre elas, destacam-se Iansã, a guerreira dos ventos e tempestades; Oxum, dona das águas doces e do amor; Iemanjá, a mãe dos oceanos e do acolhimento; Nanã, a anciã da sabedoria e das águas paradas; Obá, símbolo de coragem e justiça; e Ewá, guardiã dos mistérios e da transformação.Essas divindades são fonte de proteção e equilíbrio, guiando seus filhos com amor e força. A gratidão às Yabás se manifesta em oferendas, orações e atitudes de respeito, reconhecendo sua presença na vida cotidiana. Honrá-las é cultivar a fé, a harmonia e a conexão com a energia feminina que rege a natureza e o destino.SARCEDOTE DE UMBANDA PAI EURIPEDES DE OGUM!!!

Na Umbanda elas são chamadas de Erês, Ibejada ou Beijada, Dois Dois, Cosminhos e Ibêjis. Por influência do sincretismo com os santos católicos são conhecidos também como Crispim e Crispiniano (irmãos e mártires católicos), Cosme, Damião e Doúm. Uma característica em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles, chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com até sete anos, sendo eles os protetores dos guris. Por influência da cultura indígena também são chamados de Curumins, palavra de origem Tupi-Guarani que designa “criança”. São entidades com características e traços relativos à maneira de agir, de reagir e falar das crianças, além do gosto por brinquedos e doces, por isso simbolizam a pureza e inocência. Incorporados em seus médiuns transmitem grande alegria a todos através de brincadeiras e divertimentos. Quando “chegam” nos Terreiros, os Erês “vêm” brincalhões, travessos, meigos e chorões. São Entidades de grande atuação e força espiritual, e é voz corrente entre umbandistas que quando uma criança faz uma magia só ela tem o poder de tirar. Os brinquedos são seus instrumentos de trabalho quando incorporados, por isso é comum ver um Erê pegar o nome de alguém a quem se quer ajudar e colocar, por exemplo, dentro do carrinho ou boneca, junto com a chupeta, etc. Muitos pensam erradamente que durante as Giras elas estão apenas comendo doces ou brincando, mas essas entidades espirituais, quando incorporadas, vibram com intensidade e ininterruptamente a energia dos Orixás a que estão ligados, umas são das cachoeiras vibrando Oxum (Pedrinho da Cachoeira), outras das praias vibrando Iemanjá (Luquinha da Beira da Praia), do mar (Conchinha), das pedreiras vibrando Xangô (Trovaozinho), das matas vibrando Oxóssi (Pedrinho das Matas). Basta entrar na sua sintonia infantil, brincando e comendo doce, que acontece toda uma limpeza espiritual. Nas Giras os Erês incorporam nas mais variadas formas, algumas vezes virando cambalhota, outras pulando muito, rodando, etc. Esse tipo de comportamento na incorporação nada mais é do que a forma de descarregarem seus médiuns e as pessoas ali presentes e, ao mesmo tempo, trazer a alegria contagiante para o ambiente. São agrupados na Linha das Crianças, também chamada Linha de Yori ou Linha de Ibêji, e ligados à vibração de Oxum. A data comemorativa da Linha das Crianças é dia 27 de setembro, quando acontece a Festa de Cosme e Damião, data em que se enfeitam os Terreiros com bandeirinhas, há muitos doces, brinquedos, bolos, e a maioria das Casas de Umbanda abrem suas portas e oferecem fartura de guloseimas e brinquedos para as crianças como forma de agradecimento e homenagem aos erêzinhos. Da Festa de Cosme e Damião participam pessoas de todas as religiões, é festa linda onde os Erês, com sorrisos e alegria, fazem grandiosos trabalhos. Em atos aparentemente simples como bater palmas e cantar, sem que se perceba, a ajuda que vem do alto já está acontecendo. As oferendas de doces, refrigerantes e frutas normalmente são feitas em jardins. Saúdam-se os Erês dizendo “Oni Beijada". Suas velas, assim como as Guias, são cor-de-rosa, azul clara ou até mesmo da cor dos Orixás a qual trabalham na linha . O dia da semana de Cosme e Damião é domingo. Nunca nos deixem sozinhos! Oni Beijada! Por que se diz que “o que uma Erê faz nem Exu desfaz”? A Falange das Crianças é uma das poucas que consegue dominar a magia, por isso são dotadas de imenso poder espiritual. Oração Aos Erês Oni Beijada. Salve os Erês. Crispim e Crispiniano, Cosme e Damião, Saravá os Cosminhos e Ibêjis. Traga à paz ao meu lar e deposite em meu coração a esperança de que serei capaz de realizar todos os meus propósitos. Tire a venda de meus olhos para que eu possa ver com clareza quais objetivos são realistas e quais são pura ilusão. Faz-me despreocupado (a) quanto ao que comer e vestir, pois sei que a providência divina a ninguém desampara. Oni Beijada. Nunca nos deixem sozinhos!! SARCEDOTE DE UMBANDA PAI EURIPEDES DE OGUM!!