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A FUNÇÃO DO ERÊ NO CANDOMBLÉ! No Candomblé o Erê é uma energia oriunda do Orixá ligada ao inconsciente infantil do noviço, o Erê participa como sendo um elo de incorporação.É também por meio do Erê que o Orixá se interioriza ao noviço aprendendo as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos e toda a liturgia.O Erê é o mensageiro do Orixá em qualquer situação, inclusive, podendo substituí-lo momentaneamente em várias circunstâncias, inclusive no xirê.Em casos raros em que o Orixá foge (desincorporar subitamente) é o Erê que toma a frente, até de forma lúdica, mantendo o yaô em transe para posterior retorno do Orixá.O Erê também cumpre funções que o zelador determinar dentro da Casa de Santo, podendo lavar, cozinhar, passar e cumprir as multas ou chimbas aplicadas ao filho.A palavra Erê vem do Yorubá, iré, que significa “brincar”. O Erê também recebe oferendas que são as comidas do seu Orixá, e também, simbolicamente, brinquedos infantis, festas, bolos, aí já dentro do sincretismo religioso.O Erê é responsável pelo cumprimento litúrgico do ronkó independente do yaô estar virado ou não, é o vigia do Orixá.O Erê também responsável pelo resguardo do yaô defendendo-o contra tudo e em qualquer momento em que estiver fora da Casa de Santo.O Erê quando muito bem educado e doutrinado, pode ocupar depois de algum tempo, lugar de destaque na Casa de Candomblé podendo dar eventualmente, consultas, indicar ebós, etc.O Erê estará sempre ligado as determinações do Orixá, pois sem a presença do Orixá não haverá Erê, é condição básica a presença do Orixá para o que o mesmo deixe o Erê chegar, como também para o Erê ir embora, o Orixá também retornará realinhando as energias.O Erê acompanhará sempre o sentimento do Orixá com os mesmos Ewós, kizilas, ajeuns e indumentária básica.No dia seguinte a festa da saída do yaô, um novo ritual acontece chamado Panan, que é o reaprendizado do dia dia, quebra de ewós, readaptação a vida social, onde pode haver a participação do Erê, o Erê ganhará um nome que esteja intimamente ligado ao seu Orixá, escolhido por quem o apadrinhou.Todos os iniciados tem Erê, porém nem todo Orixá deixa o Erê, ainda assim existe um orô para chamar o Erê.Os Erês podem participar e serem vistos em algumas casas antigas no ritual chamado “Carurú de Ibeji”, onde são homenageados os Orixás gêmeos que regem o nascimento do Orixá no ronkó. Só não podemos confundir Erê de Orixá de personalidade infantil com os Orixás Ibeji.
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