EXPRESSÕES USADAS NA UMBANDA Entenda o significado de algumas palavras que fazem parte do vocabulário das entidades de umbanda.Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para vir ao terreiro trabalhar.Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.Porteira: Entrada do templo.Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.Firmar: Concentrar-se para a incorporaçãoFirmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada somente para a linha de caboclo.Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.Cazuá: Terreiro, Templo, Local.Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada.Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.Entidades: Seres espirituais na umbanda.Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado à matéria. Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.Banda: Lugar de origem de entidade.Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. Calunga Grande: Mar; oceano.Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo ? morrer.Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito, nas costas, na palma das mãos e na sola do pés.Calunga Pequena: Cemitério.Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.Engira: O mesmo que gira ? trabalho ? sessão.Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficasFirmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entradaFundanga: Pólvora.Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium.Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.Perna de calça: Homem na linguagem dos pretos velhos e exus.Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã, em seguida acompanhado pelos médiuns.Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço seja para o bem ou para o mal.Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.Abó - banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.Amací - banho de ervas, feito para lavar a cabeça.Amalá - comida que se dá aos Orixás.Atabaque - tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.Cambone ou cambono - auxiliar ou assistente do Orixá.Carregado - cheio de maus fluídos.Ebó - presente, oferenda.Filho de santo - médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.Guia - protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal.Mãe ou Pai pequeno - auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo.Mãe de Santo - mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada.Marafa ou marafo - aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.Patuá - talismã usado para dar sorte ou proteção.Pemba - giz especial com que se riscam os pontos.Saravá - cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que ?salve?.Toco - vela, charuto, cigarro, banco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As Yabás são as orixás femininas que representam a força, a sabedoria e a proteção materna na tradição afro-brasileira. Entre elas, destacam-se Iansã, a guerreira dos ventos e tempestades; Oxum, dona das águas doces e do amor; Iemanjá, a mãe dos oceanos e do acolhimento; Nanã, a anciã da sabedoria e das águas paradas; Obá, símbolo de coragem e justiça; e Ewá, guardiã dos mistérios e da transformação.Essas divindades são fonte de proteção e equilíbrio, guiando seus filhos com amor e força. A gratidão às Yabás se manifesta em oferendas, orações e atitudes de respeito, reconhecendo sua presença na vida cotidiana. Honrá-las é cultivar a fé, a harmonia e a conexão com a energia feminina que rege a natureza e o destino.SARCEDOTE DE UMBANDA PAI EURIPEDES DE OGUM!!!

Na Umbanda elas são chamadas de Erês, Ibejada ou Beijada, Dois Dois, Cosminhos e Ibêjis. Por influência do sincretismo com os santos católicos são conhecidos também como Crispim e Crispiniano (irmãos e mártires católicos), Cosme, Damião e Doúm. Uma característica em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles, chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com até sete anos, sendo eles os protetores dos guris. Por influência da cultura indígena também são chamados de Curumins, palavra de origem Tupi-Guarani que designa “criança”. São entidades com características e traços relativos à maneira de agir, de reagir e falar das crianças, além do gosto por brinquedos e doces, por isso simbolizam a pureza e inocência. Incorporados em seus médiuns transmitem grande alegria a todos através de brincadeiras e divertimentos. Quando “chegam” nos Terreiros, os Erês “vêm” brincalhões, travessos, meigos e chorões. São Entidades de grande atuação e força espiritual, e é voz corrente entre umbandistas que quando uma criança faz uma magia só ela tem o poder de tirar. Os brinquedos são seus instrumentos de trabalho quando incorporados, por isso é comum ver um Erê pegar o nome de alguém a quem se quer ajudar e colocar, por exemplo, dentro do carrinho ou boneca, junto com a chupeta, etc. Muitos pensam erradamente que durante as Giras elas estão apenas comendo doces ou brincando, mas essas entidades espirituais, quando incorporadas, vibram com intensidade e ininterruptamente a energia dos Orixás a que estão ligados, umas são das cachoeiras vibrando Oxum (Pedrinho da Cachoeira), outras das praias vibrando Iemanjá (Luquinha da Beira da Praia), do mar (Conchinha), das pedreiras vibrando Xangô (Trovaozinho), das matas vibrando Oxóssi (Pedrinho das Matas). Basta entrar na sua sintonia infantil, brincando e comendo doce, que acontece toda uma limpeza espiritual. Nas Giras os Erês incorporam nas mais variadas formas, algumas vezes virando cambalhota, outras pulando muito, rodando, etc. Esse tipo de comportamento na incorporação nada mais é do que a forma de descarregarem seus médiuns e as pessoas ali presentes e, ao mesmo tempo, trazer a alegria contagiante para o ambiente. São agrupados na Linha das Crianças, também chamada Linha de Yori ou Linha de Ibêji, e ligados à vibração de Oxum. A data comemorativa da Linha das Crianças é dia 27 de setembro, quando acontece a Festa de Cosme e Damião, data em que se enfeitam os Terreiros com bandeirinhas, há muitos doces, brinquedos, bolos, e a maioria das Casas de Umbanda abrem suas portas e oferecem fartura de guloseimas e brinquedos para as crianças como forma de agradecimento e homenagem aos erêzinhos. Da Festa de Cosme e Damião participam pessoas de todas as religiões, é festa linda onde os Erês, com sorrisos e alegria, fazem grandiosos trabalhos. Em atos aparentemente simples como bater palmas e cantar, sem que se perceba, a ajuda que vem do alto já está acontecendo. As oferendas de doces, refrigerantes e frutas normalmente são feitas em jardins. Saúdam-se os Erês dizendo “Oni Beijada". Suas velas, assim como as Guias, são cor-de-rosa, azul clara ou até mesmo da cor dos Orixás a qual trabalham na linha . O dia da semana de Cosme e Damião é domingo. Nunca nos deixem sozinhos! Oni Beijada! Por que se diz que “o que uma Erê faz nem Exu desfaz”? A Falange das Crianças é uma das poucas que consegue dominar a magia, por isso são dotadas de imenso poder espiritual. Oração Aos Erês Oni Beijada. Salve os Erês. Crispim e Crispiniano, Cosme e Damião, Saravá os Cosminhos e Ibêjis. Traga à paz ao meu lar e deposite em meu coração a esperança de que serei capaz de realizar todos os meus propósitos. Tire a venda de meus olhos para que eu possa ver com clareza quais objetivos são realistas e quais são pura ilusão. Faz-me despreocupado (a) quanto ao que comer e vestir, pois sei que a providência divina a ninguém desampara. Oni Beijada. Nunca nos deixem sozinhos!! SARCEDOTE DE UMBANDA PAI EURIPEDES DE OGUM!!