Pular para o conteúdo principal
Basicamente existem três correntes de pensamento, que tentam explicar o nascedouro do
vocábulo “Exu”.
1. A primeira corrente afirma que a palavra Exu seria uma corruptela ou distorção dos
nomes Esseiá/Essuiá, significando lado oposto ou outro lado da margem, nomenclatura
dada a espíritos desgarrados que foram arrebanhados para a Lemúria, continente que
teria existido no planeta Terra.
2. A Segunda corrente assevera que o nome Exu seria uma variante do termo Yrshu,
nome do filho mais moço do imperador Ugra, na Índia antiga. Yrshu, aspirando ao
poder, rebelou-se contra os ensinamentos e preceitos preconizados pelos Magos
Brancos do império. Foi totalmente dominado e banido com seus seguidores do
território indiano. Daí adveio a relação Yrshu / Exu, como sinônimo de povo banido,
expatriado. Saliente-se que entre os hebreus encontramos o termo Exud, originário do
sânscrito, significando também povo banido.
3. A terceira corrente afirma que o nome Exu é de origem africana e quer dizer Esfera.
Ainda hoje, apesar dos esforços direcionados a um maior estudo no meio umbandista, os
Exus são tidos, pelos que não conhecem suas origens e atribuições, como a personificação
individualizada do mal, o diabo incorporado. Tal imagem é fruto de más interpretações dadas por
pessoas que, não tendo a devida cautela em avaliar fatos e objetos de culto, passaram a conferir
aos Exus o título de mensageiros das trevas.
Esta imagem pejorativa de Exu-Orixá foi erroneamente absorvida e difundida por alguns
umbandistas, sobretudo aqueles que tiveram passagem por cultos africanistas, o que fez com que
uma gama de espíritos de certa evolução que vieram à Umbanda desempenhar funções mais terra-
a-terra, fossem equiparados a falangeiros do mal, sendo até hoje os Exus simbolizados por figuras
grotescas, com chifres, rabos, pés de bode, tridentes, sendo tal imagem do mal pertinente a outros
segmentos religiosos.
Em realidade os Exus constituem-se em uma notável falange
de abnegados espíritos combatentes de nossa Umbanda. São
hierarquicamente organizados e realizam tarefas atinentes à sua faixa
vibratória. São os elementos de execução e auxiliares dos Orixás,
Guias e Protetores, tendo, entre outras tarefas, a de serem as
sentinelas das casas de Umbanda, de policiarem o baixo astral e
anularem trabalhos de baixa magia. Ao contrário do que pensam
alguns, têm noção exata de Bem e Mal. São justos, ajudando a cada
um segundo ordens superiores e merecimento daquele que pede
auxílio.
São os Exus que freiam as ações malévolas dos obsessores que
atormentam os humanos no dia-a-dia. São os vigilantes ostensivos, a
tropa de choque que está alerta contra os kiumbas, prendendo-os e
encaminhando-os à Colônias de Regeneração ou Prisões Astrais.
Em algumas ocasiões baixam em templos de Umbanda, ou
mesmo em templos de outras religiões, espíritos que tumultuam o
ambiente, promovendo espetáculos circenses, galhofas, e se
comportando de maneira deselegante para com os presentes,
xingando-os e proferindo palavras de baixo calão. Comportamento
como estes não devem ser imputados aos Exus, e sim aos Kiumbas,
espíritos moralmente atrofiados e que ainda não compreenderam a
imutável Lei de Evolução, apegados que estão aos vícios, desejos e sentimentos humanos.Babalorixa Euripedes
Postagens mais visitadas deste blog
Comentários
Postar um comentário